quinta-feira, 12 de março de 2009

Contra a despenalização do aborto de anencéfalos

Os nascituros anencéfalos devem ser mortos? Este foi o tema no lançamento da Campanha Brasil Pela Vida na cidade de Itu (SP), no dia 17 de outubro de 2008.


Márcio Coutinho

Com a presença de 170 pessoas, o evento contrário à despenalização do aborto teve lugar no Espaço Fábrica São Luiz, no centro da cidade de Itu, patrocinado por uma coalizão de associações antiabortistas. O convite foi reproduzido pela TVConvenção e publicado no “Jornal Periscópio” e na “Folha da Cidade”, órgãos de imprensa locais, sendo também enviado a autoridades religiosas, militares e civis.









O Dr. Rodrigo R. Pedroso, da OAB/SP, abordou os aspectos jurídicos da ADPF 54 (Argüição do Descumprimento de Preceito Fundamental), que visa despenalizar o aborto de fetos anencéfalos. Ela está para ser julgada no Supremo Tribunal Federal (STF) e há sério risco de ser aprovada.


O Dr. José Haddad Jr., presidente da coalização Brasil Pela Vida, focalizou o tema sob o prisma médico, demonstrando o absurdo do aborto de anencéfalos.

Compareceram ao ato vários médicos, sendo um deles vereador reeleito, advogados, universitários da área médica e jurídica, secretários da prefeitura, militares, etc.


Também esteve presente a menina Letícia Kokumai Pereira, de quatro anos, portadora de hidrocefalia, levada ao evento por sua avó, Da. Gina Kokumai, e que no final do evento “roubou a cena”. Todos queriam vê-la, falar com ela, fotografá-la. Mal sabia a menina Letícia que, se for aprovada a despenalização do aborto para anencéfalos, quase certamente nascituros que forem portadores de hidrocefalia serão as próximas vítimas condenadas à morte pela sanha da campanha abortista.


Participou do ato Da. Luciana Franco Costa da Silva, mãe de Mariana Franco, nascida com anencefalia, e que faleceu com dois anos e quatro meses. Disse ela que, apesar da pressão que recebeu para que abortasse sua filha, não cedeu, conviveu com ela durante sua curta existência e sente hoje muitas saudades da menina.



No final, os presentes foram convidados a assinar o Manifesto de Itu, dirigido aos participantes da Frente Parlamentar pela Vida, para que advirtam os membros do Congresso Nacional a respeito da ameaça de aprovação do aborto de anencéfalos pelo STF. Se a Suprema corte de Justiça vier a despenalizar o aborto de anencéfalos, estar-se-á abrindo mais uma porta para a legalização do aborto no Brasil, indevidamente por vias judiciais, o que constitui uma anomalia jurídica.

Peçamos à Rainha e Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, que impeça esses graves males para nossa Pátria; e que ilumine aqueles que defendem o direito à vida, mesmo daquelas crianças que possam vir a morrer em tenra idade, mas que têm o direito de nascer e ser batizadas; pois somente Deus, que as criou, pode tirar-lhes a existência.

Um comentário:

E foi assim. disse...

é absurdo o homem, o Estado, ou seja lá quem for, querer punir uma mulher criminalmete por querer decidir o melhor pra ela, mais absurdo ainda é pensar que esses que querem puni-la não oferecem nem ao menos o necessário para o feto e para a mãe sobreviverem dignamente. Acho mais digno abortar, do que abandonar uma criança na rua por não ter condições de sustenta-lo.
Vale aqui realçar que até 10 semanas o feto não passa de um conglomerado de células, antes das 10 semanas não existe nem coração.
Por isso digam sim a despenalização do aborto, seja ele anencéfalo ou não!
Diga não a perseguição á mulher, todas nós temos o direito a não repressão, nenhuma mulher pode ser presa, e considerada assasina por que decidiu, de acordo com a sua realidade, o que fazer com seu corpo.